quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

6 km no Pina: algumas observações

(por Cláudia)

Estávamos com algumas obras aqui em casa, e eu tirei a sexta-feira, 10 de dezembro (sim este texto está bem atrasadinho, mas continua valendo), para resolver algumas coisas lá no Pina. Fui de carro porque ia fazer compras e também porque pretendia tratar de outras pendências, depois, em Campo Grande.

Esse dia foi um caos. Faltou energia elétrica aqui em casa pelo menos desde as cinco horas da manhã (o fornecimento só voltou mais ou menos às duas da tarde), e vários sinais de trânsito aqui na Av. Abdias de Carvalho não estavam funcionando. Consegui me esquivar de boa parte da confusão seguindo "por dentro", pela Estrada do Bongi.

Chegando ao Pina, onde também havia sinais de trânsito sem funcionar, concluí que seria um enorme transtorno ir de carro aos locais aonde eu precisava ir. Estacionei numa rua perpendicular à Av. Herculano Bandeira e dei início ao que se transformou em uma caminhada de seis quilômetros.

Comecei andando pela Herculano Bandeira em busca de duas lojas de molduras. A primeira eu achei logo. Fui até o pé da ponte do Pina procurando a segunda, mas não encontrei porque (soube depois) havia mudado de endereço. Na volta, uma boa descoberta: a passarela da Herculano Bandeira encontra-se em ótimo estado e funciona direitinho, com escada rolante e elevador. O problema é que o local onde foi construída a passarela deve ter sido escolhido sem levar em consideração a necessidade dos pedestres, porque a maioria deles faz a travessia na frente da igreja. Dei 570 passos para ir de um ponto de travessia até o outro.





Resolvi ir ao supermercado Extra, na Conselheiro Aguiar, imprimir umas fotos. Do início da Herculano Bandeira até lá percebi que todas as paradas de ônibus (passei por 7 ou 8, se não me engano) trazem os nomes das linhas que param ali (o problema é descobrir o trajeto de cada uma dessas linhas). Na verdade, a parada número 6 não traz a lista das linhas porque a área originalmente destinada a isso estava ocupada com um anúncio do Passe Fácil, informando a obrigatoriedade da apresentação da Carteira de Estudante.

Caminhei até a Casa dos Frios, um pouco depois do Extra, e passei para a Av. Conselheiro Aguiar pensando em pegar um ônibus para voltar para o local onde havia deixado o carro. Mas como não sabia exatamente que linhas serviriam e onde eu deveria saltar, resolvi voltar a pé mesmo.

Mais ou menos na altura do número 1753, tive que caminhar pela rua porque diversos carros estavam ocupando todo o espaço da calçada (não havia sequer como andar entre eles). Resolvi ligar para a CTTU na esperança (remota) de que tomassem uma providência, e fui ao orelhão mais próximo, na frente do imóvel de número 1687 (meu celular - não que os cidadãos sejam obrigados a ter um - estava sem bateria). O aparelho estava quebrado. Destruído, na verdade.





Procurei o código do orelhão para poder comunicar o problema à Oi/Telemar, mas o número na tarjeta branca estava completamente apagado, o que, a despeito do vandalismo, indica que nenhuma manutenção é feita ali há muito tempo. Resolvi fazer uma queixa diretamente à Anatel.

Na esquina da Conselheiro Aguiar com a Rua Vicência, um outro desafio: inundação na calçada.





Teria sido fácil chegar ao outro lado da rua se eu tivesse um bote inflável guardado na bolsa. Mais fácil ainda se a Prefeitura tivesse um mínimo de preocupação com as calçadas da cidade. Mas pedestre não tem vez no Recife. O jeito foi atravessar a Conselheiro Aguiar, correndo (a faixa de pedestres mais próxima estava muito longe), e continuar a caminhada do outro lado.

Mais adiante, outro orelhão. Pensei que desta vez poderia fazer a ligação para a CTTU, mas este aparelho não tinha nem gancho! O código do orelhão? Absolutamente ilegível.





Passei pelo carro, guardei algumas compras e fui mais uma vez até a igreja do Pina, à procura de uma loja de vidros. De volta para o carro, fui pra casa, aborrecida com o engarrafamento, maior do que o esperado. O motivo? Um carro caiu no canal da Agamenon. Consegui tirar algumas fotos porque o sinal fechou justamente quando eu estava bem perto do local.





Eu não consigo entender como é possível um carro cair no canal da Agamenon, uma via que tem limite máximo de velocidade de 60 km/h. Parada no sinal, fiquei imaginando que eu teria alguma dificuldade em colocar meu carro ali dentro, mesmo que eu quisesse fazer isso de propósito.

Aqui está o mapa do trajeto de 6km:


Exibir mapa ampliado

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