segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Por que a cidade é suja

(por Cláudia)

Enquanto esperava o Mustardinha, tive a oportunidade de exercitar meu autocontrole e fazer um teste cardíaco (situações como esta me levam a crer que meu coração é muito bom).

Estava eu na parada, esperando o Mustardinha, sem nenhum estresse, olhando aquele monte de carros apinhados, buzinando e soltando fumaça, quando de repente um plástico passa a meu lado num voo rasante. Eu pensei: "cidade imunda... basta ventar que o lixo voa". Daqui a pouco, outro plástico voador me fez perceber que a origem do lixo era um sujeito que estava na calçada, a poucos metros de mim. Respirei fundo e mantive a calma pra tentar não fazer confusão.

Daqui a pouco o terceiro plástico, que embrulhava alguma coisa que o tal indivíduo estava comendo, veio bem na minha cara. Não sei como ainda consegui me controlar (já estava com raiva de mim mesma). No quarto plástico, eu fui lá (não sei onde arrumei forças para ainda falar com alguma polidez):

- Por favor, senhor, não jogue lixo na rua. A cidade é feia, suja e fedorenta por causa de gente como o senhor. E mais: o terceiro plástico que o senhor jogou bateu bem na minha cara.

Ele, sem nenhum constrangimento, murmurou qualquer coisa que entendi como um grunhido de desculpas e se afastou para pegar o ônibus (fora da parada). Pois não é que ele jogou no chão um quinto pedaço de plástico antes de entrar no ônibus? O que se faz com um sujeito desse??

Detalhe: eu peguei o mesmo ônibus que a criatura (só que eu aguardei na parada) e, já com os batimentos cardíacos em disparada, tive que me controlar pra não falar mais nada.

A experiência continua

(por Cláudia)

No final do relato sobre nossa experiência no Dia Mundial Sem Carro eu escrevi "estou certa de que passarei a usar mais os ônibus", e é o que venho tentando fazer. Hoje, 27 de setembro, foram dois. Repeti o Totó (Abdias de Carvalho) para ir do curso para o trabalho, e a viagem foi tranquila e agradável como na outra vez.

A volta do trabalho para casa, porém, foi traumática: uma hora para fazer um percurso de 1,5km (incluindo a espera na parada). Cometi dois erros estratégicos. O primeiro foi não ter ido a pé para casa. O segundo foi deixar de pegar o Totó vazio só porque ele faz um trajeto mais longo. Resolvi esperar o Mustardinha, que veio cheio após mais uns 20 minutos de espera.

Lições do dia: 1) vá a pé sempre que possível (levar um par de tênis na mochila pode ser uma boa ideia); 2) vale a pena pegar um ônibus com percurso maior se ele passa primeiro e está vazio.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

De busão

Somos um casal de um carro só, coisa que já não é muito comum na classe média recifense. E gostaríamos de contar com ciclovias e um bom sistema de transporte público para não precisar nem desse. Carros geram mais engarrafamentos, poluição, barulho... tornam a cidade insuportável. Um sistema de transporte, como o de Recife, que privilegia o automóvel é insustentável: quanto mais vias são abertas, mais carros aparecem para ocupá-las. Este ano, no Dia Mundial Sem Carro – 22 de setembro –, resolvemos viver um dia diferente. Um dia sem carro.

A preparação

Para andar de ônibus era preciso saber que linhas pegar, e, claro, descobrir onde pegá-las. Para isso, usamos a Internet. A página do Consórcio Grande Recife, na seção “Atendimento ao Usuário”, traz o serviço “Itinerários”, onde podemos pesquisar o trajeto de cada linha e saber quais delas passam em determinadas ruas. Para saber como ir de um ponto a outro, usamos o site Ônibus Recife. Os dois sites são razoáveis. Nada que se compare ao Transport For London, mas o suficiente para o que precisávamos.

Nossa rotina

(por Cláudia)

Todos os dias de segunda a sexta Márcio dirige até seu trabalho, na Rua da Aurora, e me deixa no meio do caminho, seja no trabalho ou no curso de alemão. O carro fica com ele porque eu não tenho muita disposição para dirigir no trânsito caótico do Recife e também porque, indo aonde vou, eu gastaria mais do que ele com estacionamento.

Os demais trajetos que faço – do curso para o trabalho, de um trabalho para outro ou do trabalho para casa – são curtos, e geralmente tomo um táxi. Já me perguntaram por que não compro um carro para mim, mas essa hipótese está totalmente descartada. Carro custa muito caro (para adquirir e manter), e, fazendo as contas, no meu caso andar de táxi ainda é muito mais barato (e me poupa do estresse de dirigir).

Eu preferiria voltar para casa de ônibus, mas a parada perto do meu trabalho fica escura e deserta depois das 18h30. Há também o problema da parada de destino, porque entre ela e a minha casa há um terreno baldio tomado por um vasto matagal, esconderijo perfeito para indivíduos mal intencionados. Já voltei a pé em algumas ocasiões, quando meu expediente encerrou-se mais cedo. O trajeto tem menos de 2km, e seria saudável fazer diariamente essa caminhada, mas à noite outros pontos críticos, além do tal terreno baldio, tornam o percurso desaconselhável.


Terreno baldio sem muro e cheio de mato na Av. Abdias de Carvalho

O dia

(por Cláudia)

No dia 22, saímos de casa às 7h03, levando câmeras fotográficas para registrar nossa jornada. Eu levei também um podômetro – aparelhinho para medir o número de passos dados pela pessoa. Fomos de boné, para nos proteger do sol, e colocamos na mochila tudo de que íamos precisar naquele dia, inclusive os capacetes e mochilinhas de hidratação para o passeio ciclístico da CicloAdventure, à noite, em comemoração ao Dia Mundial Sem Carro. Levei o resto do sanduíche do café da manhã para comer no caminho.


Mochila grande não é bom para andar de ônibus, mas precisei dela

O primeiro desafio

(por Cláudia)

A primeira dificuldade a ser vencida nos aguardava na porta de casa: nossa rua está parecendo uma trincheira de guerra ou uma pista de enduro. Além de não ser asfaltada, há obras que se arrastam há quase 4 meses. Sim, temos que andar pela rua, porque as calçadas são muito ruins e uma das casas (como tantas outras no Recife) tem um cachorro que adora latir e assustar os pedestres que passam por lá.


Apesar de ser próxima ao centro, nossa rua ainda é de barro, e bastante esburacada


A calçada já era ruim, mas a obra na rua transversal a deixou pior ainda


Há noite, não há nenhuma luz sinalizando a obra

No resto do percurso até a Avenida Caxangá, enfrentamos a péssima qualidade das calçadas, característica que não é exclusiva da minha vizinhança. De quebra, conseguimos fotografar um dos muitos veículos que, diariamente, trafegam pela contramão na Rua Carlos Gomes, às vezes até em faixa dupla. É um problema recorrente, que já comunicamos diversas vezes à CTTU, mas, pelo visto, nenhuma providência foi tomada.


Aqui não tem desculpa de obra, não, a calçada é ruim mesmo


Dá para acreditar que a rua é mão dupla? Todo dia é isso e nunca aparece um guarda

Foram cerca de 1.000 metros até a Avenida Caxangá, percorridos em 13 minutos, e não encontrei um único lixeiro no caminho para jogar o saco do sanduíche que acabei de comer ainda perto de casa.

A parada na Av. Caxangá

(por Cláudia)

Finalmente, um lixeiro para meu saco de pão!


A primeira lixeira após 1 km de caminhada

A parada é suja e feia, mas a Prefeitura não é a única responsável por isso. As pessoas picham, riscam, colam cartazes nas paradas. Na época em que foi feita a reforma na Avenida Caxangá, com a instalação do corredor central de ônibus, eu morava na Iputinga e vi uma parada ser entregue toda ajeitadinha para amanhecer com uns 3 cartazes colados.


O espírito de porco das pessoas esculhamba com a parada; prefeitura deveria multar

Essa parada sofre do mal da maioria dos pontos de ônibus da cidade: não há – ou é tão escondida que eu não vi – nenhuma informação sobre as linhas que passam por aqui. Mas felizmente a gente sabia que as paradas na Caxangá não são seletivas, ou seja, todos os ônibus que passam na avenida (sejam eles quais forem) param em todas elas. O nosso era Camaragibe (Príncipe).

Enquanto esperávamos o ônibus, conseguimos registrar uma irregularidade bastante frequente: carros e motos trafegando pela faixa exclusiva de ônibus. Foram mais de vinte infrações! Já vi isso várias vezes, desde quando o corredor de ônibus foi implantado na Av. Caxangá, e percebe-se que nenhuma providência jamais foi tomada, apesar das diversas queixas que fiz à CTTU (e, suponho, outros cidadãos também fizeram).


Se houvesse câmeras, os "espertinhos" não fariam isso


Os mal educados são muitos, e não param de passar


O carro não consegue mudar de faixa e o ônibus tem que ficar esperando

Camaragibe (Príncipe)

(por Cláudia)

O ônibus chegou logo, mas estava lotado, como vários outros. Resolvemos esperar o próximo e, ainda assim, não passamos mais de 10 minutos na parada. Muito bom! O segundo busão também estava cheio, o que era mais inconveniente por causa das nossas mochilas, mas fomos assim mesmo. Ficamos em pé na “sanfona” (o ônibus era biarticulado), onde é mais vazio porque muita gente fica tonta ou tem medo de andar ali. Notei que o segundo “vagão” estava mais vazio, principalmente lá no final. É que o recifense tem o péssimo hábito de não ir para o fundo do ônibus, mesmo quando vai demorar a descer.


Lá vem ele!

Um outro problema do ônibus (não sei dizer se ocorre isso na maioria das linhas): aquela barra horizontal onde os passageiros que viajam em pé devem segurar é alta demais para pessoas do meu tamanho. Eu, que tenho 1,60m (baixinha, mas com várias companheiras de estatura no Recife), precisava ficar na ponta do pé para alcançá-la. Como se equilibrar assim?


Sem as mochilas, talvez até desse para entrar


O segundo ônibus: apertado, mas não lotado

Uma moça gentil se ofereceu para segurar minha mochila, mas eu agradeci e disse que não precisava, pois sabia que seria desconfortável para ela levar aquele peso todo no colo. Quando o ônibus estava passando na frente do Derby Center, conseguimos sentar.


Um lugar para sentar!

Cláudia desce do ônibus

Eu sabia que ia saltar na Rua do Príncipe. O problema era saber exatamente onde, pois na Internet essa informação não estava disponível. Fomos olhando a rua até que Márcio disse “acho que é a próxima”. Felizmente, deu certo. Uns 450 metros mais adiante, eu estava no curso, na Rua do Sossego, com 5 minutos de atraso (porque não peguei o primeiro ônibus).

Mais calçadas esburacadas ao longo do caminho. E um "fiteiro" que se apropriou da calçada (para passar, os pedestres têm que se espremer entre a barraca e o meio-fio).


Calçada da Rua do Príncipe de um lado...


... e do outro


Calçada invadida na Rua Bispo Cardoso Ayres


Ainda a Bispo Cardoso Ayres

Márcio continua no ônibus

Na realidade, deu certo para Cláudia, mas não foi a parada certa. Logo depois da Rua do Sossego tinha uma outra parada, que reduziria o percurso dela em uns 300 metros.

A minha parada era um pouco mais na frente, mas o resto do percurso não teve nenhum atropelo.


Após meia hora de viagem, a parada de destino

Cláudia e o segundo ônibus

Da Rua do Príncipe, caminhei até a Avenida Conde da Boa Vista para pegar o segundo ônibus, rumo ao trabalho. Foram cerca de 800 metros até a altura do Shopping Boa Vista. Eu tinha que pegar Mustardinha ou Totó (Abdias de Carvalho), sentido subúrbio - cidade, e procurei me certificar de que eles paravam ali. Como não encontrei nenhuma placa, pedi ajuda a uma vendedora de água e refrigerantes que trabalha ali. Ela me explicou que eu estava na parada A e esses ônibus param na B, logo adiante. Foi assim que eu descobri que a Av. Conde da Boa Vista tem paradas seletivas! A propósito, na parada B eu encontrei, sem dificuldades, a lista de ônibus que param ali.


Seria bom saber também a frequência de cada linha

Cinco minutos depois eu já estava dentro do Totó (Abdias de Carvalho), bem vazio, com assentos à vontade para eu escolher. O trajeto até o trabalho, na Ilha do Leite, foi muito rápido. E considero que foi o mais agradável do dia. Achei muito legal poder ir até lá olhando o centro da cidade (por mais feio, sujo e acabado que esteja).


O rio Capibaribe visto da janela do ônibus


Caos urbano: a calçada é das lojas, não dos pedestres

Márcio vai para o Pina

Saí da rua da Aurora, e entrei na Rua Princesa Isabel. Pela internet eu tinha visto que minha parada era na Rua Princesa Isabel, perto da Faculdade de Direito. Entre a Rua da Aurora e a Faculdade de Direito há duas paradas de ônibus. Apesar da fedentina e do péssimo estado da calçada, nas paradas havia a indicação dos ônibus que paravam em cada ponto. Graças a alguns vândalos, às vezes pode ficar impossível saber onde passa cada ônibus, mas encontrei a parada correta, sem ter que perguntar a ninguém.


Apesar do vandalismo, com algum esforço dá para ver os ônibus que param aqui

Não precisei esperar muito e o Setúbal (Príncipe) chegou logo. Não havia lugar para sentar, mas o ônibus estava quase vazio. Menos de quatro paradas à frente, surgiram alguns lugares e pude escolher onde me sentar.

O percurso até o Pina foi rápido e em cerca de 20 minutos cheguei a meu destino. Quer dizer, terminei descendo uma parada antes do necessário, já que no ônibus não há nenhuma informação das paradas, mas isso só acrescentou uns 350 metros a meu trajeto. O maior problema que eu tive foi atravessar a Av. Herculano Bandeira, já que o sinal de trânsito para pedestre demorou mais de 5 minutos para abrir.

Cláudia e o último ônibus

Saí do trabalho por volta das 19h00, rumo ao Pina, de onde sairia o passeio ciclístico. Nem na página do Consórcio Grande Recife nem no site Ônibus Recife eu consegui descobrir a que parada da Avenida Agamenon Magalhães eu deveria ir. Recorri a uma colega de trabalho que mora em Boa Viagem e não tem carro, e ela me explicou direitinho que eu deveria ir para a frente do Hospital Português e pegar o ônibus – qualquer um que fosse para Boa Viagem – na parada mais próxima ao viaduto. Foram 450 metros, aproximadamente, do trabalho até lá.

Ter muitas opções é uma grande vantagem. Eu não esperei nem cinco minutos até que um ônibus vazio parasse. Perguntei ao motorista se ele parava na igreja do Pina e ele, muito simpático, respondeu que sim. Embarquei. O ônibus estava vazio, mas não o suficiente para eu conseguir assento (mas eu era a única passageira em pé). Quando deu partida, o motorista fez o ônibus dar um sopapo (quase um “freio de arrumação”, só que ele não estava freando”) e – acreditem – pediu desculpas.

Fiquei atenta à rua e desci sem problemas na igreja do Pina, uns cinco minutos depois de pegar o ônibus. Sim, eu devia ter levado um cronômetro, mas não me lembrei de levar nem o relógio. De lá, caminhei cerca de 250 metros até a loja Impacto Bike, onde reencontrei Márcio.

Troquei de roupa numa lanchonete próxima (onde comi um sanduíche) e peguei minha bicicleta no carro de apoio da CicloAdventure (estrategicamente, havíamos deixado as bicicletas com a empresa no final do passeio de segunda-feira). Pedalamos do Pina até o Parque a Praça da Jaqueira, passando pelo Recife Antigo, e depois voltamos. Percurso total: 25 km.


Márcio, Cláudia e Neto, diretor da CicloAdventure

A volta para casa

(por Cláudia)

O passeio terminou às 11h da noite, e nos permitimos pegar uma carona de volta para casa na van da CicloAdventure. Afinal de contas, naquele horário as paradas da Av. Antônio de Góis já estavam muito desertas, e não podemos esquecer também o terreno baldio cheio de mato perto de casa.

Avaliação

(por Cláudia)

A experiência de um dia sem carro foi, no final das contas, bem agradável. Andar de carro, com ar condicionado, é confortável, sem dúvidas, mas nos priva de sentir a cidade, de interagir com as pessoas, de perceber que fazemos parte de uma comunidade. Penso que o isolamento dos moradores não é saudável e acaba nos levando a ter impressões erradas ou a exagerar algumas impressões corretas.

Quando comentei com algumas pessoas que deixaria o carro em casa nesse dia, muitas me disseram que não dá pra andar de ônibus porque eles são cheios, sujos, quentes e demorados. Agora eu posso dizer que não é bem assim. Com certeza todos esses problemas existem (é bom ficar claro que não estou, de forma alguma, elogiando o sistema de transporte público do Recife, que é realmente ruim), mas dependendo do horário, de onde você mora e para onde você quer ir, andar de ônibus pode ser agradável.

Quando eu estudava na UFPE (há uns 20 anos e depois há uns 10 anos atrás), não tinha carro e sequer sabia dirigir, meu sonho era me livrar do martírio de andar de ônibus todo dia. Acho que hoje muitos estudantes também pensam assim, e com razão. Eu sei o que é viajar espremida no Cidade Universitária, no CDU / Caxangá / Boa Viagem e no antigo Ceasa / Casa Amarela (que não existe mais ou mudou de nome). Mas há casos (vide essa minha experiência) em que andar de ônibus sem sofrimento é possível.

Várias pessoas também me disseram que “não dá pra andar de ônibus por causa da violência”, e eu acho que isso é meio exagerado. Nesse dia, em nenhum momento me senti assustada ou ameaçada. Fico muito mais tensa no carro, a cada sinal fechado. Andei muito de ônibus, de criança até meus 25 anos, mais ou menos, e nunca fui assaltada ou mesmo furtada. Nas duas únicas vezes na minha vida em que vi um revólver apontado para mim eu estava dentro de um carro. Há nos jornais vários relatos de assaltos a ônibus, mas há também muitos outros de assaltos a carros.

Daqui pra frente

(por Cláudia)

Apesar dessa experiência específica ter sido positiva, é claro que o transporte público do Recife está muito (muito mesmo) longe de ser eficiente. Precisamos de ciclovias, de um metrô de maior alcance, de um sistema de ônibus mais bem planejado. Não, nosso carro não ficará na garagem para sempre, nem será vendido tão cedo. Mas estou certa de que passarei a usar mais os ônibus, principalmente quando acabarem com o matagal do já famoso terreno baldio perto da minha casa. A bicicleta, infelizmente, continuará a servir apenas para lazer, porque o Recife é cheio de motoristas irresponsáveis e eu não quero arriscar minha vida em noma de uma causa.

(por Márcio)

Bom, também ajudaria se os ônibus tivessem ar-condicionado. Com o calor de Recife, mesmo saindo de casa antes das 7h00 e chegando ao trabalho antes das 8h00, suei um pouco, principalmente dentro do ônibus.